- E o que me mata é o silêncio...
Não aquele silêncio que se rompe com o beijo, o que acontecia era o silêncio intransponível.
Daqueles que a gente quer que acabe, mas parece que nunca vai passar.
Bom, talvez fosse exagero. Ela era mesmo exagerada.
Emotiva, emocional, passional, todas essas coisas de mulher intensa.
E exagerou ao resolver explodir todos os anos que ficara em silêncio.
E explodiu demais.
Acho que ele se assustou.
Mas ela queria falar, ela precisava falar.
Um e-mail talvez. Uma mensagem.
Odiava esses meios de comunicação modernos, gostava mais do olho no olho. Mas temia encontrá-lo e acabar não respondendo por si.
O silêncio se romperia da melhor maneira possível. Mas era preciso mais que isso. As vezes é preciso falar.
Mas por achar que já havia falado demais, calou. E permaneceu em silêncio.
♪ Still remains within the sound of silence...
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