E continuava lindo. Cachorro, mas lindo.
O ônibus estava quase cheio e torceu para que sentasse do seu lado (ou não).
Não sentou mesmo. E ela respirou aliviada.
Eis que dois bancos a frente senta alguém. Um alguém para tirar o foco do primeiro. Tira totalmente o foco do primeiro.
Tirou-lhe o ar. Incrível.
Mesmo o vendo apenas de costas, ele tinha algo de admirável.
A barba mal-feita, o rosto cansado, o fone de ouvido que o distanciava daquele lugar.
Incrível.
Não havia outro adjetivo para definir, não conseguia achar outra palavra.
E nem pousar seu olhar noutro lugar que não nele. Apenas quando sentia que podia ser notada, então se afundava no banco desconfortável.
E quando ele levanta, ela se encolhe mais ainda. Não quer ser notada de modo algum.
Ele desce.
Incrível.
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B.
