Todo mundo tem um gringo na vida. Quem não tem, ainda vai ter.
Australiano.
Ele passou e ela olhou.
Ele parou e fixou o olhar. Ela desviou o olhar.
Chegou e conversaram.
Falava um português perfeito, apesar de não ter entendido o nome dela.
A música alta e o ambiente agitado também não colaboravam.
Quando ele disse que era sua última semana na cidade, ela pensou: "Por que não?" - adorava um platonismo!
Trocaram telefones então.
Só quase no final da semana resolveu procurá-lo. (Na verdade foi quando conseguiu colocar créditos)
Saíram no fim de semana então.
Com menos gente e mais luz era melhor vê-lo.
E tinha um sorriso incrível! E tinha a cor e o corpo da Austrália. E a tocava de uma maneira doce.
Ela soube que se apaixonaria mais ainda quando ele fosse embora. Era encantador demais para não se apaixonar.
Conversaram sobre uma infinidade de coisas, ela não se lembra exatamente o quê. Haviam ido a um restaurante mexicano antes (e depois de uma
O jeito que a mão dele encontrava o rosto e os cabelos dela era único e delicado.
Se abraçaram como se não houvesse mais ninguém em volta.
Despediram-se da maneira que podiam.
Sentiu o cheiro bom da pele dele e seu coração disparou.
Depois daquilo, restou uma saudade boa e gostosa de sentir.
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B.
